WAGO vs Supervisórios Tradicionais (Elipse, WinCC, FactoryTalk): Por que a nova geração do SCADA é embarcada, distribuída e orientada a IIoT

A evolução do SCADA industrial chegou. Compare Elipse, WinCC, FactoryTalk e descubra por que a plataforma WAGO (CC100, PFC200, PFC300 e Edge) é o novo padrão de supervisão 4.0.

CLPS

Equipe Técnica da MGL Nordeste

11/27/20257 min read

🧭 1. A transformação da supervisão industrial na era da automação inteligente

A supervisão industrial deixou de ser uma camada apenas visual e passou a desempenhar um papel fundamental na eficiência, segurança, disponibilidade e inteligência operacional das fábricas modernas. Hoje, supervisão significa capturar dados com precisão, armazená-los de forma robusta, gerar indicadores, integrar sistemas, permitir decisões locais inteligentes e operar de maneira resiliente mesmo em ambientes desconectados ou distribuídos.

Os supervisórios tradicionais como Elipse E3 (https://www.elipse.com.br), Siemens WinCC Unified (https://www.siemens.com/wincc) e FactoryTalk View SE (https://www.rockwellautomation.com) foram fundamentais no desenvolvimento da automação industrial moderna, mas foram concebidos em uma época em que os conceitos de IIoT, edge computing, conectividade móvel e supervisão distribuída não existiam ou eram pouco relevantes.

Ao mesmo tempo, a evolução das arquiteturas industriais trouxe novos requisitos: baixo custo de expansão, flexibilidade, independência de servidores Windows, protocolos abertos, redes descentralizadas, dashboards acessíveis via navegador e capacidade de processamento na borda. É nesse cenário que os controladores WAGO (https://mglnordeste.com.br/wago) surgem como uma nova categoria tecnológica: supervisório embarcado + controle + gateway + historização + IIoT, tudo no mesmo equipamento.

🏗️ 2. Como surgiram os supervisórios tradicionais — o contexto técnico de outra era

Supervisórios tradicionais nasceram quando redes industriais eram essencialmente locais, quando o acesso remoto era raro e quando a computação em nuvem ainda não existia. Sua arquitetura foi desenhada para ambientes com topologias fixas, com poucos sensores, baixa variabilidade de dados e pouco dinamismo operacional.

Essas plataformas utilizavam (e ainda utilizam) modelos centrados em:

  • servidores SCADA dedicados,

  • bases de dados locais pesadas,

  • estações de engenharia proprietárias,

  • drivers específicos para cada PLC,

  • licenciamento por tag,

  • execução exclusivamente em Windows.

Com o tempo, recursos modernos como OPC-UA (https://opcfoundation.org) e MQTT (https://mqtt.org) foram incorporados, mas ainda dentro da arquitetura centralizada que depende de servidores, bases SQL e estrutura de TI robusta.

Essa arquitetura é estável, mas pouco adaptável à nova realidade distribuída de fábricas que precisam integrar centenas de pontos remotos, várias unidades, utilidades espalhadas e sistemas IIoT heterogêneos.

🧱 3. A arquitetura SCADA tradicional: robusta, porém pesada

Em sua forma clássica, um sistema SCADA tradicional inclui:

  • um servidor de supervisão,

  • um servidor de banco de dados,

  • várias estações de operação,

  • uma estação de engenharia,

  • drivers dedicados,

  • licenças para cada elemento do sistema.

Embora eficiente em plantas grandes e centralizadas, essa arquitetura apresenta limitações importantes quando aplicada a cenários modernos onde utilidades e sensores estão distribuídos. Supervisórios tradicionais dependem de infraestrutura pesada, atualizações constantes e equipes altamente especializadas para manutenção.

O custo total de propriedade (TCO) torna-se limitado não pelo hardware, mas pelo licenciamento — especialmente quando existem centenas ou milhares de variáveis que precisam ser monitoradas.

🏭 4. Análise técnica dos três supervisórios mais utilizados no Brasil

4.1 Elipse E3 / Elipse Power

O Elipse é amplamente utilizado em saneamento, energia e setores industriais que valorizam flexibilidade de comunicação. Ele oferece excelente suporte a protocolos como Modbus, OPC-UA e integrações com sistemas legados. Entretanto, exige servidores dedicados, bancos de dados externos, licenças por tag e manutenção constante de software.

4.2 Siemens WinCC Professional / Unified

O WinCC domina plantas Siemens pela integração direta com CLPs S7 e redes Profinet. É estável e poderoso, mas altamente dependente do ecossistema Siemens, exigindo licenças específicas, servidores Windows e estrutura de TI mais complexa. Seu custo operacional é elevado em projetos distribuídos.

4.3 FactoryTalk View SE

Focado no ecossistema Rockwell, o FactoryTalk possui boa integração com Ethernet/IP e é eficiente em linhas de produção discreta. Porém, sua abertura para IIoT é limitada e os custos de licenciamento aumentam rapidamente com o crescimento do número de tags, telas e nós de operação.

🚧 5. Os desafios reais dessas arquiteturas no cenário atual

A realidade das plantas modernas mudou. Hoje, temos fábricas com:

  • células independentes espalhadas,

  • utilidades distribuídas,

  • sensores IoT adicionados constantemente,

  • medidores de energia, água, gás e ar por toda a planta,

  • múltiplos SKIDs e máquinas descentralizadas,

  • necessidade de visualização móvel,

  • demanda por dashboards locais,

  • necessidade de redundância em borda,

  • integração com sistemas de nuvem e analytics.

Esses ambientes são dinâmicos e exigem flexibilidade e escalabilidade distribuída — algo que os supervisórios centralizados tradicionais não foram projetados para oferecer.

⚙️ 6. A evolução natural: supervisão distribuída, embarcada e orientada a IIoT

A indústria migrou do conceito de supervisão centralizada para o conceito de supervisão distribuída, onde pequenos núcleos de inteligência e supervisão são instalados diretamente na borda — próximos ao processo.

A supervisão distribuída apresenta vantagens claras:

  • decisões rápidas sem depender da rede,

  • redução de latência,

  • aumento de confiabilidade,

  • escalabilidade horizontal,

  • facilidade de manutenção,

  • desconexão segura do SCADA corporativo,

  • supervisão localizada na unidade de processo.

Paralelamente, o conceito de SCADA embarcado surgiu com controladores capazes de executar interface gráfica, registrar dados, gerar tendências, alarmes e dashboards sem necessidade de servidores externos.

Esse modelo se tornou essencial para utilidades industriais (energia, água, gás, ar comprimido) e para máquinas que exigem autonomia.

🔋 7. O SCADA embarcado e distribuído aplicado à plataforma WAGO

A plataforma WAGO combina supervisão embarcada, controle, gateway de comunicação e processamento edge em um único hardware. Isso elimina a necessidade de servidores dedicados e reduz drasticamente o tempo e custo de implantação.

Os controladores WAGO CC100, PFC200, PFC300 e Edge Controller (https://mglnordeste.com.br/wago-controladores) atendem múltiplos papéis simultaneamente:

  • PLC / controlador lógico,

  • SCADA embarcado,

  • IHM via WebVisu HTML5,

  • banco de dados local (SQLite/PostgreSQL dependendo da arquitetura),

  • histórico de dados,

  • alarmes e eventos,

  • dashboard HTML5 no Edge Controller,

  • gateway OPC-UA (https://opcfoundation.org),

  • gateway MQTT (https://mqtt.org),

  • gateway BACnet (https://www.bacnet.org),

  • segurança IIoT baseada em IEC 62443.

Esse conjunto de funcionalidades demonstra porque a WAGO não é apenas um “PLC que se conecta ao SCADA”, mas sim um supervisório moderno completo integrado ao hardware.

🧩 8. Arquitetura dos supervisórios WAGO

8.1 CC100

A solução ideal para monitoramento de utilidades. Mesmo sendo compacto, possui webserver nativo, gráficos, alarmes, Modbus TCP/RTU e MQTT. Serve como SCADA simples para medição de energia, água, gás e ar comprimido.

8.2 PFC200

Possui WebVisu HTML5 com tela completa, OPC-UA Server, BACnet/IP, banco de dados interno e uma plataforma de programação em Codesys 3.5. É um SCADA embarcado completo ideal para pequenas e médias plantas.

8.3 PFC300

Amplia desempenho e capacidade, sendo adequado para sistemas com milhares de pontos. Seu OPC-UA suporta múltiplas conexões simultâneas e sua performance permite substituir supervisórios locais.

8.4 Edge Controller

A solução mais avançada da WAGO. Executa dashboards HTML5 nativos, analíticos, Docker, Python, MQTT Sparkplug B, e funciona como um “SCADA 4.0” completo sem depender de servidores externos.

🏭 9. Comparação técnica aprofundada entre supervisórios tradicionais e WAGO

Enquanto Elipse, WinCC e FactoryTalk foram projetados como plataformas centralizadas, a WAGO foi projetada para operar distribuída, embarcada e integrada ao processo. A diferença fundamental está no modelo arquitetural: supervisórios tradicionais dependem de servidores Windows, bancos SQL externos e licenciamento por tag, enquanto a WAGO embute tudo isso no hardware.

Ao trabalhar com supervisão distribuída, o PFC200 ou PFC300 pode registrar dados localmente, exibir gráficos, gerar alarmes, executar lógicas de controle e sincronizar dados com sistemas corporativos via MQTT, HTTP ou OPC-UA. Isso oferece uma resiliência impossível em modelos tradicionais, pois mesmo uma falha de rede não interrompe a operação local.

A atualização do sistema também é mais simples: enquanto SCADAs tradicionais exigem manutenção de aplicações complexas, backups de bancos de dados e suporte contínuo de TI, os controladores WAGO podem ser atualizados remotamente, possuem arquitetura leve e não demandam estações de engenharia exclusivas.

🧪 10. Aplicações típicas onde WAGO substitui supervisórios tradicionais

A WAGO se destaca especialmente em utilidades industriais — energia, ar comprimido, vapor, água, e sistemas térmicos — onde a descentralização e a escala são essenciais. Em ambientes onde cada unidade mede dezenas ou centenas de variáveis, licenciamento tradicional se torna proibitivo. O WAGO oferece uma solução embarcada, leve e robusta que opera localmente, sem custo adicional por tag, e com acesso via navegador.

🏭 11. Quando WAGO atua como supervisório principal

Muitas fábricas de médio porte substituem completamente um supervisório tradicional por um PFC200 ou Edge Controller. Isso ocorre quando o custo de licenças, servidores e engenharia torna os SCADAs tradicionais inviáveis, e quando a autonomia local e a simplicidade operacional se tornam prioridades.

🔗 12. Arquitetura híbrida: WAGO + SCADA corporativo

Em plantas maiores, a solução ideal é híbrida. O WAGO atua como supervisão local — executando coleta, pré-processamento, historização e alarmes — enquanto o SCADA corporativo recebe apenas dados filtrados. Isso reduz tráfego de rede, aumenta resiliência e torna a manutenção mais simples.

Para projetos desse tipo, entre em contato com a MGL Nordeste (https://mglnordeste.com.br/contato), que é especialista em arquiteturas híbridas e distribuidor oficial WAGO.

🏁 13. Conclusão – WAGO é o novo padrão de supervisão industrial

Elipse, WinCC e FactoryTalk foram essenciais na evolução do SCADA industrial, mas o futuro da supervisão exige uma abordagem mais distribuída, leve, acessível e embarcada. A plataforma WAGO representa exatamente esse novo paradigma.

Com CPUs que acumulam funções de PLC, supervisório, gateway IIoT e Edge Analytics, ela oferece autonomia local, resiliência, mobilidade e escalabilidade — sem licenciamento e sem dependência de servidores. Em outras palavras: WAGO é o supervisório industrial da nova geração.

🚀 14. Final

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