O que são bornes elétricos: guia completo sobre borne de conexão elétrica
Descubra o que é um borne elétrico, como surgiu, padrões, variações (2 condutores, multí níveis, bornes especiais), e por que a tecnologia a mola supera a de parafuso — com exemplos de WAGO, Phoenix Contact, Weidmüller e mais.
BORNES
Equipe Técnica da MGL Nordeste
10/17/20255 min read


O que são bornes elétricos: guia completo
Bornes elétricos, também chamados de blocos de terminais ou bornes de conexão elétrica, são dispositivos utilizados para conectar, distribuir ou isolar condutores elétricos de maneira organizada e segura dentro de quadros elétricos, painéis de controle ou instalações industriais. Em essência, um borne cria um ponto de união elétrica fixo, permitindo que cabos entrem e saiam de forma controlada e com segurança.
Introdução e conceito de borne elétrico
Um borne de conexão elétrica é uma peça modular — geralmente montada em trilho DIN ou em bloco — que serve para fazer junções elétricas fixas entre condutores. Eles facilitam o cabeamento, manutenção e gerenciamento de circuitos elétricos. A expressão borne elétrico ou o que é um borne elétrico é amplamente buscada por engenheiros, eletricistas, estudantes e técnicos.
Eles não apenas conectam fios, mas permitem testes, seccionamentos e distribuição de potencial dentro de painéis elétricos com clareza e segurança.
Origem histórica e invenção dos bornes elétricos
A ideia de blocos terminais modulares começou quando a complexidade dos quadros elétricos cresceu e tornar clube de emendas mal organizadas era inviável. A Phoenix Contact, por exemplo, remonta sua história ao desenvolvimento de bornes modulares no início do século XX. Wikipedia+1
Com o avanço da tecnologia, surgiram variantes com parafusos, bornes com mola, bornes push-in, etc. A WAGO foi pioneira na aplicação de conexão por mola (spring clamp) nas décadas de 1950-60, desenvolvendo soluções sem parafuso para facilitar instalação e reduzir falhas. Blog - Safety Control+2Wikipédia+2
Principais centros de produção no mundo
Os principais polos globais de produção de bornes incluem:
Alemanha (sede de empresas como WAGO, Phoenix Contact, Weidmüller)
Europa Central / Leste Europeu
China e Ásia de modo geral (fabricação de componentes microscópicos, peças de plástico e contato)
Brasil (fábricas de algumas empresas internacionais ou linhas de montagem local)
Essas empresas mantêm centros de P&D, fábricas e filiais globais para consolidar seu portfólio no mundo todo.
Materiais e processos de fabricação
Materiais comuns:
Plásticos de engenharia isolantes (PA, PBT, PA66, poliamida, termofixos)
Metais condutores: cobre estanhado, latão, bronze fosforoso, ligas de cobre
Revestimentos anticorrosão (estanhos, niquelagem, prata)
Mola de aço inox ou molas especiais para os contatos
Processo de fabricação (resumido):
Moldagem por injeção do isolante
Estampo e usinagem das partes metálicas condutoras
Revestimento (estanhar, galvanização)
Montagem: inserção de mola, fixação de peças condutoras no isolante
Testes elétricos (resistência de contato, isolamento, corrente suportada)
Certificação e embalagem
O controle de qualidade é crítico, especialmente no dimensionamento da mola (para estabilidade de pressão elétrica) e tolerâncias mecânicas.
Função e aplicações industriais
Os bornes são onipresentes em painéis elétricos e aplicações industriais porque fornecem:
Distribuição organizada de potência
Ponto de partida e término de condutores
Seccionamento e teste, sem desconectar completamente o cabo
Junção de condutores diversos (mesma seção ou diferentes)
Proteção contra falhas quando integrados a bornes fusíveis ou seccionáveis
Tipos de padrão: alavanca, botão, convencional (parafuso)
Padrão parafuso: o modelo clássico — o condutor é preso por parafuso. Bom custo, mas exige torque adequado e manutenção.
Alavanca / botão: permite liberar e inserir o condutor manualmente com uma alavanca ou botão, sem parafusos.
Push-in / mola: o condutor é simplesmente inserido e preso pela mola interna. É rápido, confiável e livre de manutenção. (ver seção de tecnologia)
Variações quanto ao número de condutores e níveis
Bornes de passagem (2 condutores): o mais comum, entra e sai.
Bornes multiponto / multicondutores: 3 ou 4 condutores conectados no mesmo borne (Phoenix Contact tem essa linha) Phoenix Contact
Bornes de dois níveis / andares: dois potenciais empilhados verticalmente no mesmo footprint (linha Phoenix Contact) Phoenix Contact+1
Bornes multinível: mais de dois níveis para cabeamento denso (ex: aplicações automação)
Bornes especiais
Borne fusível: já incorpora fusível, possibilitando proteção diretamente no borne. (ex: WAGO Bornes de Função) WAGO USA
Borne LED / indicativo: com LED incorporado que indica tensão ou funcionamento
Bornes seccionáveis / seccionadores: permitem isolar circuito para manutenção ou medição
Bornes de alta corrente / power: para condutores de bitolas grandes (ex: WAGO POWER CAGE CLAMP até 185 mm²) WAGO USA
Bornes para motor trifásico: modelos com 4 níveis para 3 fases + terra
Bornes com função extra: diodo, sensor, logger, elementos de proteção integrados
Tecnologias de conexão: parafuso vs mola
Uma parte essencial deste artigo é enfatizar por que a tecnologia a mola (ou push-in / spring clamp) é superior à de parafuso
Conexão por parafuso (convencional)
Vantagens: custo baixo, familiaridade
Desvantagens: exige torque correto, pode relaxar com vibrações, manutenção periódica, suscetível a falsos contatos, fadiga do fio, problemas de aquecimento.
Conexão por mola / push-in / spring clamp
O condutor é inserido e preso pela mola automaticamente, sem parafuso
Rápido e simples (redução de até 75% no tempo de fiação comparado ao parafuso) Abracopel
Imune a vibrações e manutenção praticamente zero
Excelente repetibilidade do contato
Pode aceitar condutores rígidos, flexíveis e com ponteiras (dependendo do modelo)
Oferece operação com uma mão
Dessa forma, a tecnologia de mola tende a ser mais confiável, rápida e com menor custo de operação ao longo do tempo.
Exemplos de fabricantes de destaque e suas linhas
WAGO
A WAGO é referência em bornes com conexão a mola. Blog - Safety Control+2WAGO USA+2
Linha TOPJOB S / Push-in: bornes de passagem, de função, fusíveis, sensores
POWER CAGE CLAMP: bornes de alta corrente (até 185 mm²) WAGO USA
Tecnologias alavanca, botão ou padrão, além de jumpers e acessórios
Alta confiabilidade mesmo em ambiente hostil
Phoenix Contact
Possui portfólio robusto de bornes de instalação com tecnologias push-in, parafuso, Push-X, multifuncionais e blocos FIX.
Bornes PT, PTI, UTI, KNX
Push-X: inserção facilitada com mola pré-tensionada sem ferramenta
Bornes de vários condutores, dois níveis etc.
Weidmüller
Embora não tenhamos aprofundado aqui, a Weidmüller é tradicional em soluções de conectividade industrial e blocos de terminais robustos, com linhas para automação e painéis.
Siemens
Também atua no segmento de conectores e bornes para automação industrial e painéis de controle, integrando-se com seus sistemas de controle.
Essas marcas inspiram confiança técnica e mercado, e suas linhas são frequentemente adotadas por projetos industriais exigentes.
Distribuição e presença no Nordeste do Brasil — MGL Nordeste
Na região Nordeste, clientes podem contar com a MGL Nordeste (www.mglnordeste.com), que além de fornecer produtos (bornes das marcas mencionadas), dispõe de um time técnico capacitado para:
Analisar a carga térmica dos painéis
Dimensionar seções de condutores e corrente admissível
Indicar as soluções de borne mais adequadas (mola, parafuso, fusível etc.)
Isso facilita a adoção correta da tecnologia e evita erros de projeto ou falhas prematuras.
Normas e padrões aplicáveis
Para garantir segurança e conformidade, os bornes elétricos geralmente seguem normas como:
IEC 60947-7-1 e 60947-7-2 (terminal blocks)
Normas nacionais brasileiras de instalações elétricas (NR 10, NBR 5410)
Normas de compatibilidade eletromagnética, isolação, ensaios de choque, temperatura
Certificações UL, CE, entre outras, conforme o mercado
Esses padrões asseguram desempenho elétrico, resistência mecânica e compatibilidade para manutenção segura.
Cuidados de projeto e seleção
Ao escolher bornes, leve em conta:
Corrente nominal e bitola de condutor
Temperatura ambiente
Vibração e choques mecânicos
Capacidade de jumpeamento (barreiras de ponte)
Necessidade de teste ou seccionamento
Espaço físico no quadro
Tipo de conexão (mola, parafuso, alavanca)
Certificações exigidas pelo cliente ou projeto
Uma má escolha pode gerar aquecimento, falha de contato ou dificuldade de manutenção.
Considerações finais
Os bornes elétricos, embora pareçam pequenos componentes passivos, são fundamentais para a confiabilidade, manutenção e organização de sistemas elétricos e de automação. Entender suas variações (do básico ao especial), as tecnologias de conexão (e por que a mola é superior ao parafuso), e conhecer marcas e distribuidores confiáveis (como WAGO, Phoenix Contact, Weidmüller, Siemens) permite tomar decisões técnicas assertivas.
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