Bornes a parafuso: guia completo, variações, marcas e por que migrar para a tecnologia a mola

Entenda o que são bornes a parafuso, seus tipos, linhas e marcas (inclusive legadas), limitações e riscos. Veja por que a indústria migra para bornes a mola/push-in e como a MGL Nordeste ajuda você a modernizar seus painéis.

BORNES

Equipe Técnica da MGL Nordeste

10/17/20254 min read

Bornes a parafuso: o que são, onde ainda fazem sentido e por que são uma tecnologia em transição

Os bornes a parafuso (screw clamp) foram, por décadas, o padrão para conexões em trilho DIN. Eles usam um parafuso e uma sapata/grama (clamping yoke) para comprimir o condutor contra a parte condutora do borne, garantindo continuidade elétrica. Foram populares pela familiaridade do instalador e pela ampla disponibilidade em catálogos de fabricantes como Phoenix Contact (série UT), Weidmüller (séries W, com clamping yoke), Siemens (famílias 8WA e 8WH1) e ABB/Entrelec (SNK screw clamp), entre outras. TE Connectores & Sensores+4Phoenix Contact+4Phoenix Contact+4

Resumo honesto: bornes a parafuso ainda existem, são normatizados e funcionam. Porém, exigem torque correto e reaperto, são mais sensíveis a vibrações/afrouxamento e demandam manutenção. Por isso, a tendência global é migrar para conexão por mola/push-in, com ganho de confiabilidade e produtividade.

Principais variações de bornes a parafuso

1) Bornes de passagem (2 condutores)

O tipo mais comum: entra/parte. Ex.: Phoenix Contact UT 4 e UT 2,5 (parafuso, até 1000 V; correntes/bitolas variando por modelo). Phoenix Contact+1

2) Multicondutor (3 ou 4 condutores no mesmo potencial)

Permitem concentrar mais fios por polo, mantendo separação mecânica. Disponíveis em famílias UT (Phoenix) e W (Weidmüller). Phoenix Contact+1

3) Multinível/dois andares

Dois (ou mais) níveis no mesmo footprint para alta densidade. Existem versões a parafuso em portfólios modulares clássicos. Phoenix Contact

4) PE/terra, neutro, separáveis e de teste

Versões específicas para terra (PE), barramento de neutro, bornes com seccionamento e pontos de teste — muito comuns nas famílias W (Weidmüller) e UT (Phoenix). Weidmüller+1

5) Alta corrente e seções grandes

Há modelos a parafuso para correntes elevadas e bitolas grandes (ex.: Siemens 8WH1 até 150 mm²). Industry Mall+1

Linhas e marcas — atuais e legadas

  • Phoenix Contact — série UT (screw connection): portfólio amplo em passagem, multinível, PE, etc. (ex.: UT 4, UT 2,5). Phoenix Contact+2Phoenix Contact+2

  • Weidmüller — séries W (clamping yoke/screw): linha clássica modular, base TS35, acessórios de jumpeamento e marcação uniformes. Weidmüller+1

  • Siemens — famílias 8WA (clássica) e 8WH1 (screw terminals): documentações mostram 8WH1 como família de bornes a parafuso; há registros de itens descontinuados em parte do catálogo comercial (ex.: 8WH10600AS00). Siemens Assets+1

  • ABB/Entrelec — série SNK (screw clamp): bornes modulares a parafuso, qualificados por normas IEC/UL (documento técnico da ABB e fichas TE/Entrelec). Biblioteca ABB+1

  • Outras presenças: linhas a parafuso seguem disponíveis em diversos distribuidores (e.g., catálogos multimarcas). Control Components

Nota sobre WAGO: a WAGO é historicamente associada à conexão por mola (CAGE CLAMP®/push-in) e, por estratégia, incentiva a substituição do parafuso por mola para ganho de confiabilidade e produtividade. WAGO USA

Normas e conformidade

Bornes a parafuso de fabricantes estabelecidos atendem normas como IEC 60947-7-1/-7-2 e aprovações internacionais (UL, CSA etc.) — visíveis, por exemplo, na literatura técnica da ABB/Entrelec (SNK). Biblioteca ABB

Por que o parafuso está em desuso na indústria moderna?

1) Risco de afrouxamento e manutenção recorrente

Parafusos podem perder torque com vibração/ciclagem térmica; inspeções programadas e reapertos elevam o custo de manutenção e risco de pontos quentes.

2) Produtividade inferior na montagem

A fiação com parafuso é mais lenta; sistemas a mola/push-in permitem inserção direta do condutor com repetibilidade de contato e sem torque, reduzindo tempo de painel. (Fabricantes como WAGO, Weidmüller e Phoenix destacam push-in/spring como mais rápido e estável.) WAGO USA+2Weidmüller+2

3) Repetibilidade elétrica e resistência a vibração

A mola mantém pressão estável ao longo da vida útil, mitigando relaxação do condutor e vibração — um diferencial crítico em máquinas, transporte e energia. WAGO USA

4) Tendência de portfólio

Mesmo fabricantes tradicionais de parafuso ampliaram as famílias push-in (p. ex., Weidmüller SNAP IN e Phoenix Contact PT/Push-in/Push-X), evidenciando a migração de mercado. Weidmüller+1

Onde ainda podem fazer sentido?

  • Retrofit parcial em plantas com padronização histórica em parafuso

  • Ambientes com equipe treinada e procedimentos formais de reaperto/inspeção

  • Compatibilidade de acessórios já existentes (jumper, marcadores, etc.)

Mesmo nesses cenários, vale planejar a transição para mola/push-in em novas expansões, reduzindo OPEX e elevando confiabilidade.

Checklist rápido — quando substituir por bornes a mola/push-in

  1. Painéis sujeitos a vibração (prensas, compressores, transporte, eólico).

  2. Linhas com paradas caras — evitar falhas por afrouxamento.

  3. Metas de produtividade (reduzir tempo de montagem e retrabalho).

  4. Ambientes com variação térmica (pressão de contato da mola é mais estável).

  5. Projetos novos — adote push-in como padrão e mantenha compatibilidade de testes/jumpers.

Marcas de referência para a migração

  • WAGO — CAGE CLAMP®/TOPJOB® S/Power CAGE CLAMP® (push-in/mola, inclusive alta corrente). WAGO USA

  • Phoenix Contact — sistemas CLIPLINE com push-in/Push-X (famílias PT/variações). Phoenix Contact

  • Weidmüller — SNAP IN (direto sem ponteira em muitos casos) e portfólios push-in. Weidmüller

Como a MGL Nordeste pode ajudar você a migrar

Na Região Nordeste, a MGL Nordeste oferece portfólio, engenharia aplicada e suporte local para uma migração segura de parafuso para mola/push-in:

  • Análise térmica do painel e balanceamento de cargas

  • Especificação por corrente, bitola, ambiente e vibração

  • Padronização de acessórios (jumpers, marcadores, pontes de teste)

  • Plano de transição (estoque, manutenção, treinamento)

  • Atendimento consultivo com marcas líderes

Conheça mais em www.mglnordeste.com (faça uma avaliação de modernização sem compromisso).

Conclusão

Bornes a parafuso marcaram uma era — e ainda cumprem seu papel em retrofits e padronizações antigas. Contudo, a indústria já consagrou a mola/push-in como melhor prática: menos manutenção, maior confiabilidade e montagem muito mais rápida. Se você está pesquisando referências de bornes a parafuso para substituir, padronizar ou comparar, fale com a MGL Nordeste e veja como migrar para soluções de última geração com segurança e retorno.

Referências (seleção)

Get in touch